O ano em que não houve sentimentos, somente uma significante irreconhecível palidez no reflexo; ausência de cores durante o dia e completa morosidade nos oceanos criativos.
O vento não soprou
O Sol não acalentou
O frio não arrepiou
A noite não inquietou
O fogo não iluminou
A mente não criou
O músculo não contraiu
O sangue não fluiu
2021 foi um ano morto, mas somente porque não o vivi. Sei que alí estava e existia, que escrevia sua história, cantarolava seus cânticos e narrava seus causos. Mas eu só consegui ser espectador.
E antes que este ano se acabe, finalmente venho limpar este mausoléu que com pó, ervas daninhas e teias de aranha, guarda os restos mortais de tudo o que um dia fez parte de mim.
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